Evento tratará dos riscos da radiação da antena de telefonia
Kênio Pereira / 19/07/2021 – 06h00
Há anos temos divulgado os estudos elaborados por uma das maiores especialistas em radiação eletromagnética do Brasil, dra. Adilza Condessa Dode, engenheira eletricista com mestrado e doutorado pela UFMG na área de radiações eletromagnéticas. No nosso artigo “Poucos são os peritos capazes de avaliar a radiação da antena de telefonia” (https://www.keniopereiraadvogados.com.br/Ver-Mais-2093) abordamos estudos científicos significativos sobre a incidência aumentada de câncer no entorno de Estação Transmissora da Telefonia Celular, como a tese de doutorado da dra. Adilza, “Mortalidade por Neoplasias e a Telefonia Celular no município de Belo Horizonte, Minas Gerais” – http://www.smarh.eng.ufmg.br/defesas/241M.PDF. O conhecimento é a melhor ferramenta para enfrentarmos os riscos à saúde, o que torna fundamental a participação no evento on-line Antenas de Celular: Cidadania e Riscos, que será realizado pelo Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP no dia 20/07/21, às 9h.
A dra. Adilza Dode, que será uma das expositoras no evento, afirma:
“O setor de telecomunicações sem fio pretende equipar os postes de luz ou de utilidade pública nos países com essas antenas de pequenas células sem fio que emitem radiação perigosa ao lado ou em nossas casas, escolas, hospitais e locais de trabalho e em qualquer lugar, 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano. Muitas novas antenas serão necessárias e a implementação em larga escala resultará em antenas a cada 10 a 12 casas nas áreas urbanas, aumentando assim a exposição obrigatória para todos os seres vivos. Essas antenas ficarão bem próximas ao nosso corpo.
Além do aumento do número de transmissores 5G (mesmo dentro de residências, lojas e hospitais), segundo estimativas, “10 a 20 bilhões de conexões” (para geladeiras, máquinas de lavar, câmeras de vigilância, carros e ônibus autônomos) farão parte da “Internet das Coisas” (IoT).
Mais de 350 cientistas de mais de 60 países manifestaram “sérias preocupações” com a onipresente e crescente exposição aos campos eletromagnéticos – CEM, gerados por dispositivos elétricos e sem fio, e pedem a moratória na implantação do 5G.
Numerosas publicações científicas recentes mostraram que os CEM afetam os organismos vivos em níveis bem abaixo da maioria das diretrizes internacionais e nacionais.
Os efeitos incluem aumento do risco de câncer, estresse celular, aumento de radicais livres nocivos, danos genéticos, alterações estruturais e funcionais do sistema reprodutivo, déficits de aprendizado e de memória, distúrbios neurológicos e impactos negativos no bem-estar geral em humanos. Os danos vão muito além da raça humana, pois há evidências crescentes de efeitos prejudiciais para plantas e animais”.
Como advogado que defende o direito à saúde e repudia o uso do telhado dos prédios de maneira que prejudique quem reside no último andar ou nas proximidades, alerto ser importante as pessoas se informem sobre os danos que a tecnologia 5G trará quando sua utilização se expandir. Os dados do evento do IEA/USP podem ser conferidos no site http://www.iea.usp.br/eventos/antenas-de-celular-riscos. Participe.
fonte: https://www.hojeemdia.com.br